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sábado, 9 de outubro de 2010
Cecília e Alvaro
sábado, outubro 09, 2010 |
Postado por
Unknown
"A nossa história começa,como de costume,falando da vida de um casal; entretanto,não era um casal de jovens,que tinham o tempo ao seu favor,e toda vitalidade para acobertar . Eram um casal de ,literalmente ,casados .Os números diziam 38 anos,de cumplicidade e companheirismo. Os nomes são fictícios,a história é real :
22 de outubro de 1997.Uma manhã de primavera,com o cortejo de um ipê roxo,em sua calçada,fazia passarela de flores,para enfeitar o caminho por onde Cecilia passaria. Vê-lo florido,lhe dava entusiasmo para encarar o novo dia,mesmo com todas suas limitações. Os cabelos brancos harmonizavam com a longa saia,e davam-lhe um ar de experiencia. Seus olhos traziam a plenitude da simplicidade,mas a alma,decorada de benevolência. Álvaro ,que ainda estava a despertar,recebia um beijo da mulher,com aquele doce”bom dia”,reapaixonava-se por ela,todas as manhãs. Era uma linda forma de viver,que atraia os mais diversos olhares de inveja e admiração.
Ao se levantar,antes mesmo do café,aquele eterno romântico saia as pressas,sem explicações,e ela já sabia,apenas aguardava. Ele corria até a floricultura da esquina,trazia-lhe uma rosa branca,lapidada,sem espinhos,poderiam ferir a mão da amada. O dia começava apenas, com o sorriso dela,ao ver a brancura das pétalas.
Em uma semana,seria o aniversario dele. Ela sempre surpreendia,contraditoriamente,da forma mais casual possível. Comprou um par de sapatos,preparou um bilhete,que dia exatamente o segiunte:
“__Álvaro,meu amado. Amores são como livros. Uns maiores, outros menores; alguns profundos, outros mais superficiais. Há aqueles que lemos quando pequenos logo que aprendemos
a ler e que nos acompanham por toda a vida; há os que lemos há muito tempo e reencontramos inusitadamente, acompanhados de uma avalanche de lembranças. Algumas pessoas encontram
livros perfeitos, livros feitos para elas. Há pessoas que nunca aprenderam a ler, não conheceram outros mundos, outras formas de pensar, não ousaram. Mais você,foi o livro,da qual a história,nunca me cansei,li e reli várias vezes e mesmo encontrando o ponto final,não existiu o fim “
O dia esperado chegou,Álvaro fazia anos. A noite,ela parabenizou o marido,beijou-o lentamente,recordando juventude. E ele olhou-a nos olhos,e contou a ela,sua história favorita;o dia em que ele a pediu em casamento:
__Recorda-se de como te convenci a casar comigo?
Ela sorriu,o sorriso calado na linguagem de ambos,significava resposta positiva. Ele prosseguiu:
__Segurei suas mãos e disse:Case-se comigo,você é a única que poderá me dar dois filhos de olhos verdes iguaizinhos aos teus.
__Passaram-se quatro anos e vieram os dois meninos. De olhos bem castanhos, como os do pai. “Ah, não tem problema... São lindos que nem a mãe!” __Cecilia repetia.
Cecilia entregou o presente e o bilhete a Álvaro. Carinhosamente disse:
__Desde que te conheço__e com ênfase__e olha que isso tem 38 anos,eu te vi usar apenas um par de sapatos. Já te presentei com sapatos novos antes,mais nunca os vi em seus pés.
Álvaro leu o bilhete com calma,agradeceu a mulher pelo presente e foi logo contando,o único segredo que havia entre eles:
__Cecilia querida. Um dia conheci uma pobre moça,onde seus negócios iam muito mal,ela fecharia sua humilde loja de sapatos. Senti necessidade de ajudá-la. Entrei,encontrei um par de sapatos que fitaram-me muito simpáticos. Escolhi comprar ali ,sapatos para o resto da vida. Foram dezenas de pares. Nunca mais useis outros sapatos a não ser aqueles. Hoje,este é o ultimo par que sobrou. E ainda tem um furo na sola__disse corando a face,como quem sentia vergonha__ Sinto que devo isso aquela moça.
Cecilia compreendeu seu ato de generosidade,mas não entendia porque tamanha devoção a meros pares de sapatos.
Naquela noite,deitaram-se na cama,sem caricias,sem beijos,sem desejos e calores. Seus braços se encontraram,parecia haver encaixe simétrico. E eles dormiram como dois irmãos. Nada tão puro,tão celestial. Apenas disse a ela que a amava,e carregaria consigo,por onde seguisse. Ela consentiu as palavras com nostalgia. Amanheceu,sem rosa branca pela manha,sem “bom dia” ,sem amor no ar. Álvaro não mais respirava ,estava frio.
Cecilia ouviu o eco das palavras da véspera:
“__Eu comprei sapatos pra vida toda...este é meu ultimo par ….ele tem um furo na sola...”
Uma lagrima correu no semblante cansado ,os olhos verdes brilhavam úmidos. Percebeu,que as ultimas palavras,foram a despedida. Ela permanecia apaixonada por Álvaro em cada amanhecer. Ele pulsava dentro dela ."
22 de outubro de 1997.Uma manhã de primavera,com o cortejo de um ipê roxo,em sua calçada,fazia passarela de flores,para enfeitar o caminho por onde Cecilia passaria. Vê-lo florido,lhe dava entusiasmo para encarar o novo dia,mesmo com todas suas limitações. Os cabelos brancos harmonizavam com a longa saia,e davam-lhe um ar de experiencia. Seus olhos traziam a plenitude da simplicidade,mas a alma,decorada de benevolência. Álvaro ,que ainda estava a despertar,recebia um beijo da mulher,com aquele doce”bom dia”,reapaixonava-se por ela,todas as manhãs. Era uma linda forma de viver,que atraia os mais diversos olhares de inveja e admiração.
Ao se levantar,antes mesmo do café,aquele eterno romântico saia as pressas,sem explicações,e ela já sabia,apenas aguardava. Ele corria até a floricultura da esquina,trazia-lhe uma rosa branca,lapidada,sem espinhos,poderiam ferir a mão da amada. O dia começava apenas, com o sorriso dela,ao ver a brancura das pétalas.
Em uma semana,seria o aniversario dele. Ela sempre surpreendia,contraditoriamente,da forma mais casual possível. Comprou um par de sapatos,preparou um bilhete,que dia exatamente o segiunte:
“__Álvaro,meu amado. Amores são como livros. Uns maiores, outros menores; alguns profundos, outros mais superficiais. Há aqueles que lemos quando pequenos logo que aprendemos
a ler e que nos acompanham por toda a vida; há os que lemos há muito tempo e reencontramos inusitadamente, acompanhados de uma avalanche de lembranças. Algumas pessoas encontram
livros perfeitos, livros feitos para elas. Há pessoas que nunca aprenderam a ler, não conheceram outros mundos, outras formas de pensar, não ousaram. Mais você,foi o livro,da qual a história,nunca me cansei,li e reli várias vezes e mesmo encontrando o ponto final,não existiu o fim “
O dia esperado chegou,Álvaro fazia anos. A noite,ela parabenizou o marido,beijou-o lentamente,recordando juventude. E ele olhou-a nos olhos,e contou a ela,sua história favorita;o dia em que ele a pediu em casamento:
__Recorda-se de como te convenci a casar comigo?
Ela sorriu,o sorriso calado na linguagem de ambos,significava resposta positiva. Ele prosseguiu:
__Segurei suas mãos e disse:Case-se comigo,você é a única que poderá me dar dois filhos de olhos verdes iguaizinhos aos teus.
__Passaram-se quatro anos e vieram os dois meninos. De olhos bem castanhos, como os do pai. “Ah, não tem problema... São lindos que nem a mãe!” __Cecilia repetia.
Cecilia entregou o presente e o bilhete a Álvaro. Carinhosamente disse:
__Desde que te conheço__e com ênfase__e olha que isso tem 38 anos,eu te vi usar apenas um par de sapatos. Já te presentei com sapatos novos antes,mais nunca os vi em seus pés.
Álvaro leu o bilhete com calma,agradeceu a mulher pelo presente e foi logo contando,o único segredo que havia entre eles:
__Cecilia querida. Um dia conheci uma pobre moça,onde seus negócios iam muito mal,ela fecharia sua humilde loja de sapatos. Senti necessidade de ajudá-la. Entrei,encontrei um par de sapatos que fitaram-me muito simpáticos. Escolhi comprar ali ,sapatos para o resto da vida. Foram dezenas de pares. Nunca mais useis outros sapatos a não ser aqueles. Hoje,este é o ultimo par que sobrou. E ainda tem um furo na sola__disse corando a face,como quem sentia vergonha__ Sinto que devo isso aquela moça.
Cecilia compreendeu seu ato de generosidade,mas não entendia porque tamanha devoção a meros pares de sapatos.
Naquela noite,deitaram-se na cama,sem caricias,sem beijos,sem desejos e calores. Seus braços se encontraram,parecia haver encaixe simétrico. E eles dormiram como dois irmãos. Nada tão puro,tão celestial. Apenas disse a ela que a amava,e carregaria consigo,por onde seguisse. Ela consentiu as palavras com nostalgia. Amanheceu,sem rosa branca pela manha,sem “bom dia” ,sem amor no ar. Álvaro não mais respirava ,estava frio.
Cecilia ouviu o eco das palavras da véspera:
“__Eu comprei sapatos pra vida toda...este é meu ultimo par ….ele tem um furo na sola...”
Uma lagrima correu no semblante cansado ,os olhos verdes brilhavam úmidos. Percebeu,que as ultimas palavras,foram a despedida. Ela permanecia apaixonada por Álvaro em cada amanhecer. Ele pulsava dentro dela ."
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Amor.
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7 comentários:
Texto muito lindo...
É por isso que amo entrar todos os dias aqui!!!
Brigado, ficamos felizes em saber que entra todos os dias, isso nos motiva a escrever textos melhores pra vocês!
Linda história!!!!!!!!!! Nos faz ver e compreender o quanto a sensibilidade com relação a pequenas coisas (as que a maioria as julga sem importância)é importante para o amor entre as pessoas. Parabéns a autora pela sabedoria e pelos ensinamentos!!!!!!!!!!
Realmente maravilhoso!
Obrigado!!!
Tô lendo todos, um melhor que o outro.
Obrigado!!!
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Obrigado por ler esta postagem...