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segunda-feira, 18 de abril de 2011

PostHeaderIcon "Um quase amor "

"Paris, 7 de fevereiro de 1999,século XX.


A família de Marie mudou-se de cidade. A empresa filial onde trabalhava a mãe de Marie obrigou-a a se mudarem da modesta Proença, para instalarem - se na capital francesa. E como uma típica adolescente cursando o ultima ano escolar, odiou se separar dos seus amigos e de seu namorado.

Agora precisava se adaptar a uma nova rotina, novas pessoas, e um cotidiano completamente caótico, no ver daquela garota que apenas ensaiava para entrar no teatro que é a vida.

Primeiro dia de aula, e um triste olhar silencioso daquela menina. Escolheu não conversar com ninguém além do essencialmente necessário, por que imaginava que a vida estava sendo muito injusta com ela, e que ao começar a criar afeto por aquelas pessoas, teriam que se mudar novamente. O frio que fazia em Paris a obrigava colocar suas luvas de lã,ultimo presente que ganhou do pai antes de falecer. O vento gelado tocava sua face branca, corando-a rosadamente. Seus lábios gélidos como mármore tremiam, era o inverno mais vigoroso que presenciara. Mesmo assim, preferia não tomar a condução e caminhar da escola até sua nova casa, que estava a cinco quadras dali. Gostava sempre de cursar o mesmo caminho, por que imaginava que assim, conservaria as coisas por mais tempo. Pé diante de pé, ela caminhava cabisbaixa, ao observar as folhas secas no chão ,ao lado da calçada.

Já passados dois meses que estavam em Paris, Marie começou a cumprimentar seus vizinhos com um sorriso pelas manhãs, ao sair para escola. Observava as casas na rua, lembrava-se saudosa do pai. Fez novos amigos, que não substituía a falta dos velhos, mas consolava um pouco do vazio que havia ficado. Reparou que ao caminhar todos os dias pela mesma rua, um garoto que aparentava sua idade, esperava Marie passar, e esboçava um tímido sorriso por trás do balcão onde trabalhava com tintas e telas. Era Pierre, de 19 anos e pintor iniciante. Gostava da arte como nenhum outro, e almejava se aperfeiçoar dia após dia.

Ninguém nunca havia visto Pierre parado, que fosse um minuto, longe dos pincéis. Ele só levantava os olhos da tela, quando Marie passava diante dos seus olhos, que se enchiam de brilho. Era um segundo de observação, que se findava quando Marie virava a rua. Mas Marie nunca saberia, nunca conheceria as verdades sobre Pierre. Sua timidez era maior.

Um episódio que se repetiu tantas vezes, fez despertar em Marie a curiosidade, de saber o que existia naquelas telas que Pierre tanto pintava. Por vezes, ela treinou o impulso de entrar pela porta, perguntar o nome do rapaz, e fitar as telas, mesmo que não pintasse bem, mesmo que não fosse educado. Era só curiosidade.

O tempo continuou passando ,o ano chegava ao fim."

[Continuação amanhã.../]

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