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quinta-feira, 29 de março de 2012

PostHeaderIcon Autobiografia


Nasci em 10 de agosto de 1995, e acredito que esse foi o fato mais relevante que me aconteceu até hoje. Bem, me disseram agora que eu escreva sobre mim. Achei estranho, porque tudo que escrevi até hoje falava sobre mim. Não houve ainda um A que deixei no papel, que não fosse uma confissão. Não existiu uma palavra sobre a linha, que não denunciava um pouco do que sou. Mas me pedem denovo, e explicam que devo escrever detalhes sobre o que eu sou. Detalhe meu, é cada poema. Se escrever sobre mim não é assim, então não sei. Porque um feixe de palavras amarradas não deve ser chamado 'escrever'. E me perdoe quem assim faz, mas o bom escritor sabe o que é a luta amorosa com as palavras. A gostosa batalha travada, que faz nascer a prosa.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Me siga, me dê a mão
Quero te mostrar algo
Sei que não foi em vão
Todo esse tempo comigo

Descobri que o sol vai se por
Para novamente nascer
Sempre lembro do nosso amor
Quando vai o anoitecer

Descobri que o mundo é triste
Sem poder te abraçar
Podemos tentar novamente
Se você aceitar

Enquanto este dia não aparece
Com esperança fico na espera
Pois sei que não se esquece
Um amor de primavera
domingo, 25 de março de 2012

De repente, você percebe que cresceu. Você já não enche mais a casa de alegria. Já não cabe mais no colo do avô. Desenho na tv já não te mantém mais entretido. Seu pai já não te carrega mais no colo, e você descobre o segredo do mistério de dormir no sofá e acordar na cama. A fada dos dentes e o Papai Noel não passam de criações inventivas, que um dia, foram o bastante para colocar um sorriso no seu rosto. Merthiolate já não arde mais e já não dá mais pra brincar na rua até entardecer. Conselho de mãe começa a fazer sentido. Pesadelo de noite já não é motivo pra acordar seus pais. Aos poucos, o medo de escuro perde lugar pro medo de amar. Faz a grande descoberta que algumas palavras podem fazer estragos maoires que um soco ou um tapa. E aprende que as maiores dores da vida, não são as que fazem você sangrar.

sábado, 17 de março de 2012
Talvez seja somente recordações ou simples cancões, mas é como se estivesse voltado, sinto o mesmo que antes, é impossível negar que faz falta, que não existiu e que não vai deixar de existir. Essas coisas são complicadas, afinal, quando tudo estava se ajeitando, quando começava a aprender, quando tinha a certeza de que era pra ficar, tudo se vai, de uma forma difícil de se aguentar, pois não posso ter mais do que recordações enquanto se queria fazer mais, pois é uma mudança de cotidiano radical, é como se todas as pessoas tivessem ido embora e outras chegassem, os lugares, ficam ali, só pra me fazer lembrar de como foi lindo, de como foi bom, de que foi como deveria ser.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Quem procura acha
Mas não se contenta
Pois não tem tanta graça
Como o de quem não tenta

Afinal, esse nasce naturalmente
Sem querer, entra na vida da gente
E transforma tudo em felicidade
Afinal é o fruto de uma amizade

Não de uma amizade comum
Uma amizade de mais de um
Um ano, uma decada, uma vida
Que passa a ser toda dividida

Dividida em felicidade e tristeza
Mas um tristeza passageira
Que mostra um pouco da certeza
Que acertou um amor pra vida inteira...

segunda-feira, 12 de março de 2012

PostHeaderIcon Janelas da Alma


É que ela tem nos olhos, qualquer coisa parecida com tristeza. Tem um pouco de brilho também, um tanto ofuscado, mais há ali . Tem saudade, escondida no fundo daquelas pupilas. Tem angústia guerriada dia-a-dia, e um tantinho de ternura. E o tudo que aqueles olhos já viram, e o tudo que ainda hão de ver : cada gesto, cada ensaio de sorriso, cada palavra dita, sem que a boca precisasse pronunciar um som sequer. Cada par de olhos esconde sua prória história, de final de feliz, feito de pôr-do-sol assistido no fim da tarde e chuva caindo lenta em domingo de fevereiro. Cada instante paralisado em foto, feito caretas no retrato e cores de primavera. E no fim de uma vida inteira, é muita lembrança pra se guardar de tudo que seus olhos já viram. Cena que fez chorar, cena que fez rir. E então, é tristeza e brilho se misturando naqueles olhos chorosos.
domingo, 11 de março de 2012

E só de imaginar que em algum lugar do mundo, existe outro alguém, debruçado em outra janela com seus olhos voltados para o céu, a fitar a Lua toda vez que a noite cái, já não me sinto sozinha com minha solidão. Vai existir sempre pelo menos mais alguém, que também sente saudade, que chora escondido, e que nessas noites abraça mais forte o travisseiro. Que sente-se morrer por dentro pela vontade de um beijo, ou pela ausência de alguém que já se foi. É só falta de colo. Acredito que pra cada alguém assim, existe uma estrela no céu. Isso explicaria porque há tanta estrela no céu, há tanta janela na Terra.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Eu conto as estrelas
Fico olhando o luar
Te procuro nelas
Mas não consigo achar

Eu sento no chão
E ali começo a sentir
Que aquele coração
Não quer se despedir

Lembro da primeira vez
Quem ia se esquecer
Nós ali naquela timidez
E do mundo a esquecer

Eu lembro da brisa
Daquele gramado
De sua blusa
E do abraço apertado