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►
abril
(13)
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Nada é só alegria e nem tudo é só tristeza
Sendo certo ou errado, é assim...
Não importa o que aconteça e como esteja, sempre vou querer estar ao seu lado, mesmo que seja só para olhar para seu sorriso e me procurar em seus olhos. Sempre vou querer estar ai para ouvir você falar do seu dia, das suas decisões, do seu medo, das suas vontades e te dar a força que precisar.
O tempo é meio cruel
Só a gente sente saudade
Ela fez a fatal descoberta que 'Saudade', só existe na língua portuguesa. Meu Deus, como poderia? Ela conhecia tão bem esse sentimento, que corroia os espaços do seu coração. Por um minuto, quis ter nascido em qualquer outro canto do mundo, pra não mais sofrer de saudade. Aí é que sentiu a injustiça do mundo com toda sua força, porque percebeu que o endereço de sua saudade morava num país onde saudade não existia. Imaginou que estivesse sentindo saudade sozinha, que sequer era correspondida nesse lamento. Imaginou o mundo girando, e ela tentando explicar em russo, inglês e alemão como é que se sente saudade. Quis importar seu sentimento, fazê-lo clandestino e até traduzi-lo. Uma saudade poliglota, pra todo ser humano perceber como dói. Eles podem até dizer ' I miss you', 'I need you' ou ' his absence hurts', mas nada conhece a dimensão que é a saudade quanto essa palavra encerra. Não há mais nada que exprima corretamente essa falta imensa.
A carta que ficou na gaveta tão somente lacrada, que eu nunca me atrevi a ler. A chuva que não molhou meu corpo quente quando abri o guarda-chuva. O vento que não afagou meus cabelos quando fechei a janela do quarto. O seus olhos que nunca vi de perto, porque fechava os meus ao se aproximar. O medo de escuro que não senti porque esqueci acessa a luz do corredor. As palavras que não encheram meus ouvidos porque o silêncio falava mais alto. O abraço apertado que não dei ontem porque ainda era cedo, e hoje não o senti porque já era tarde demais. Os lugares que não visitei, as musicas que não escutei, os livros que não li. As estrelas que não toquei, as flores que não dei, o mar que não conheci. Eu sinto saudades do que não vivi.
Conselhos
Seja sempre educado. Sorria, sempre que a ocasião permitir. Prove ao mundo que você ama a vida. Faça pequenos favores às pessoas. Seja compreensivo com seus pais. Brinque com seu animal de estimação. Não grite. Só chore, quando esse for o último recurso. Atreva-se a ser o primeiro. Lance moda sempre que tiver vontade. Abrace as pessoas que passam pelo seu dia. Dê motivos para ser abraçado. Aprenda a perder e não se sentir derrotado. Saiba ouvir as dificuldades alheias sem criticar. Não julgue.
Eu desço do pilar que me sustenta e me encontro comigo mesma. Sento num banco de praça, e então somos apenas eu e minha circunstância. Ver daqui o Sol tingindo o céu num tom róseo, enquanto se esconde no fim da tarde, dá a tudo um ar mais irreal. Viajo para dentro do um infinito particular interior, sem mover uma folha ao meu redor. Um rapaz se aproxima, e se senta na outra ponta do banco. Haviam tantos outros bancos naquela praça, e tantas outras praças naquela cidade, mais foi ali que ele se sentou. E era ali que eu também estava. Retorno ao meu ser de forma lúcida, a tempo de ouvir suas primeiras palavras depois de um profundo silêncio: " eu me apaixonei pela sua tristeza". Meus ouvidos não tinham certeza do que acabavam de escutar, e eu, com quase uma interrogação na fisionomia, olhei para aquele rapaz pela primeira vez e ele proferiu aquelas palavras de novo fielmente. Ele não sabia meu nome, o que me trouxe até ali e nem o motivo dessa tristeza que gerou em si fascínio. Apenas disse, e sorriu. E eu também não sabia nada sobre ele. Ficou ali por mais quinze minutos que mais pareceram horas inteiras no meu estranho constrangimento. Se levantou, e seguiu seu caminho. Percebi que bem lá na frente, olhou para trás. Quem sabe ele tinha mesmo se apaixonado. Não por mim, mas pela minha tristeza. E quem sabe até, eu tivesse me apaixonado também. Não por ele, mas por sua coragem.
"Porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos "
E sonhos não morrem. Eles envelhecem na eternidade, guardados conosco e quem sabe até grifados no epitáfio. Não se tornam pedras esquecidas na memória. Eles adormecem, à espera do seu tempo certo. Sonhos não se consomem na espera, porque são guardados nos nossos espaços mais íntimos na intenção de serem conservados. Sonhos não se modificam, mas vão sendo moldados conforme os passos que a vida tem dado, conforme saibamos nos equilibrar nos riscos. E o tempo? Para os sonhos, o tempo é uma quimera. O tempo é pó na estrada de quem sonha.
Rotina, me dê férias. Como eu preciso disso! Fazer uma excursão a Lua, e me perder por lá. Passar uns dias em um universo paralelo a este, que não se toque nunca na realidade, mesmo sabendo que até as linhas paralelas se encontram no infinito. Quem sabe, ser exilada para Saturno. Caro destino, senhor de tanta rotina, patrono de toda monotonia: Me vê logo uma passagem só de ida para felicidade. Mas que seja bem rápido, porque esse trem só passa uma vez e eu não posso ficar esquecida na estação ferroviária,deixando meus olhos fitando os trilhos vazios. Eu tenho sede de novo, espírito aventureiro e fome de mudança. Eu quero é ser tantos, quantos os desvios do caminho que há de me conduzir a perto do céu e morar na estrela que eu sempre observei daqui.
nesse palco abismo em emoção
Sou poeta a contar histórias
Boneca e palhaço em atuação
Casa de tão poucos escolhidos
mais que um fato fique claro:
Entre tantos, só alguns
Entrada para raros.
Sou a cena, sou platéia
E da minha história sou ator
Mas tomo parte, escrevo meu roteiro
Pois de mim, também sou autor.
E o elenco fiel que me acompanha
ao meu lado em tantas rimas
Me provam seu companheirismo
Pois me abraça, depois de cerradas as cortinas.
E então eu sou cenário
riso fácil, luz e figurino
A quem sabe ser teatro,
despreza escolha, é destino.
Fragmentos Alheios
O anjo mais velho
Mas Nanda, sabe de uma coisa? Nós ainda fazemos parte de uma pequena parcela que tem sorte. Porque a gente tem uma a outra,a gente tem a Fer, e a Bia, e o Gabriel..e quando o mundo todo dizer que nos recusa, porque somos 'românticas desconexas' e não nos aceitar, por não nos entender, esses bons amigos vão nos abraçar carinhosamente e dizer,que não precisam de nos entender pra permanecer do nosso lado (:
Autobiografia
Quero te mostrar algo
Sei que não foi em vão
Todo esse tempo comigo
Descobri que o sol vai se por
Para novamente nascer
Sempre lembro do nosso amor
Quando vai o anoitecer
Descobri que o mundo é triste
Sem poder te abraçar
Podemos tentar novamente
Se você aceitar
Enquanto este dia não aparece
Com esperança fico na espera
Pois sei que não se esquece
Um amor de primavera
Janelas da Alma
É que ela tem nos olhos, qualquer coisa parecida com tristeza. Tem um pouco de brilho também, um tanto ofuscado, mais há ali . Tem saudade, escondida no fundo daquelas pupilas. Tem angústia guerriada dia-a-dia, e um tantinho de ternura. E o tudo que aqueles olhos já viram, e o tudo que ainda hão de ver : cada gesto, cada ensaio de sorriso, cada palavra dita, sem que a boca precisasse pronunciar um som sequer. Cada par de olhos esconde sua prória história, de final de feliz, feito de pôr-do-sol assistido no fim da tarde e chuva caindo lenta em domingo de fevereiro. Cada instante paralisado em foto, feito caretas no retrato e cores de primavera. E no fim de uma vida inteira, é muita lembrança pra se guardar de tudo que seus olhos já viram. Cena que fez chorar, cena que fez rir. E então, é tristeza e brilho se misturando naqueles olhos chorosos.
E só de imaginar que em algum lugar do mundo, existe outro alguém, debruçado em outra janela com seus olhos voltados para o céu, a fitar a Lua toda vez que a noite cái, já não me sinto sozinha com minha solidão. Vai existir sempre pelo menos mais alguém, que também sente saudade, que chora escondido, e que nessas noites abraça mais forte o travisseiro. Que sente-se morrer por dentro pela vontade de um beijo, ou pela ausência de alguém que já se foi. É só falta de colo. Acredito que pra cada alguém assim, existe uma estrela no céu. Isso explicaria porque há tanta estrela no céu, há tanta janela na Terra.
Só sei que passaram muito tempo sem se ver. Dez anos talvez. E ao se reencontrarem, antes mesmo que pusessem proferir qualquer palavra, seus lábios se tocaram. Um beijo mudo, mais que no silêncio do instante, denunciou o tempo. Descobriram aí, que nenhum deles era o mesmo. Dez anos permitiram aos olhos dela ver várias cores e formas, e a ele conhecer varios sabores e tons. Ela viajou o mundo, ele conheceu a arte. Agora, cada um trazia em si novas marcas da vida, e não puderam compartilhar isso antes. Recuaram um passo, e reconheceram : Já não havia mais tempo aos dois. Havia passado tempo demais. E tudo foi dito, sem soar uma palavra.
* Amor : A- mor- : subs. masc. 1. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa 2. Sentimento apaixonado por pessoa 3. Inclinação ditada pelas leis da natureza
* oquê o dicionário não conta : 4. Abrir mão em nome de felicidade de outrem 5. Medo
6. Coragem 7. Abnegação 8. Compreensão muda e mútua 9. Amizade
Que quando dali sair
A pessoa não vai te esquecer
Não vai querer sumir
Quando você voltar
O sorriso vai estampar
Aquele rosto adorado
Que ficarei feliz por ter voltado
E depois de uns verões
Tudo volta ao normal
Tudo volta a ser diversões
E não fico mal
Uma vida
Mas eu digo que ficaria muito mais feliz, com uma casinha no pé da serra, um cavalo para sair no cerrado atrás de piqui para o jantar, gabiroba para a sobremesa e murici para o picolé dos dias de sol, um lago para se banhar e vendo as crianças todas sujas correndo alegres pelo quintal. Mas não teria tanto motivo de alegria as minhas noites, se não tivesse a companhia da lua, de um violão e você.
Tá doendo, eu sei. Mas é só agora. Depois passa, sabe por que? Porque nós somos amigos, e eu tô aqui é exatamente pra isso, pra cuidar disso. Pra aliviar a dor do seu peito. Mais do que isso, só o tempo pode fazer. E eu não vou te iludir, o tempo não cura, nem faz esquecer. Mas ele move a lembrança, pra um campo de memórias remotas , e a gente joga por cima um monte de coisa boa, como as risadas no fim de tarde, as histórias do dia a dia, e muito brigadeiro toda semana. E que dor não morre sufocada com tudo isso por cima? E se não for o bastante, a gente canta em tom alto e desafinado, pra deixar ela surda. A gente pula no sofá, até esmagar ela. E se ainda assim ela parecer imortal, eu prometo não deixar espaço pra ela, dentro do meu abraço.
" Gente é carne, osso e sentimento. E tudo isso, ao mesmo tempo. " Adriana Falcão.
E Falcão tem razão no que diz. A carne padece ao sentimento e lá vem a estrutura óssea querer dizer que é mais forte. E o sentimento se curva diante da dor, mais é flexível ante o amor. Amor, é menos osso, e mais carne com sentimento. Carne que exala sentimento. Mas sobre amor? Cada um tem suas histórias, e guarda seu perdão e seu rancor.
Ele me leva a passear por aí, fazendo o meu fim do dia ser mais que perfeito e também aparece em meus sonhos tornando-o mais do que um sonho.
Quando a saudade aperta
E a vida continua
Só queria dizer
E nela encontrei uma imagem sua
Com aquele lindo sorriso
Que me leva ao paraíso
Eu imaginei que fosse assim
Você distante de mim
Mas perto se eu dormir
Para te fazer sorrir
Talvez a rima seja pobre demais
Mas pra mim tanto faz
Não me importa rimar
E sim, te amar
Vamos falar de felicidade?
O detalhe que nos esquecem de contar, pra gente ficar preparado para o desenrolar da vida, é que com o passar dos dias, vai ficando mais dificíl de sentir essa Felicidade.
E o que era um estado de espírito duradouro, vai se tornando uma sensação passageira que só aparece de vez em quando... cada vez mais rara.
É aí então, que a vida nos prega uma peça: é sempre inesperado, é sem querer, acontece com todos nós..
E só agora, tudo parece fazer sentido. O que se segue, desse instante a diante? O amor nos torna marcados entre a multidão. A felicidade trasnborda, e até o ar que respiramos nos parece diferente. Qualquer um percebe que deixamos de ser singular, e passamos a ser plural.
Talvez seja a saudade
Não se pode dizer
Que está tudo bem
Mas se pode perceber
Que a noite já vem
E quando ela chegar
Tudo vai recomeçar
Você aparece, vou sorrir
O olhos, logo vou abrir
E assim eu vou acordar
Com vontade de te ver
Com vontade de te beijar
Com vontade de te ter
Do lado para contar
Meu maior segredo
Eu só sei te amar
Assim, ilimitado
Companheiros
Dia importante
Falar de vocês?
Uma amizade tosca. Boba,cheia de besteiras. Mas não fútil. Com piadinhas ruins, bobeiras das mais viajadas. Mas sincera. Encerra-se aí,uma união, uma felicidade, transborda um companheirismo tão forte, e bilateral, porque na mesma intensidade que a demência vai, ela volta. Porque aí, o um se faz no outro, e o outro se encontra no um. Forte,inabalável,sublime. É, eu tô falando da gente.
Eu ilustro com um casal de desconhecidos, as palavras que eu quero dizer a cada um, presente nessa foto, que significou pra mim um momento de despedida,e dor intensa, mas que eu guardo na certeza de que nunca me esquecerei de vocês.