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domingo, 7 de novembro de 2010

PostHeaderIcon .::Esperança::.

"Existia uma ponte meio quebrada,na travessia que ligava as duas grandes e únicas avenidas da cidade. E num pequeno casebre modesto, sob essa mesma ponte,moravam José e seu pai,um vendedor de flores modesto. E não longe,mas na avenida,morava Valentina,uma rica menina,educada pela governanta.

E suas vidas,nada parecidas,um dia se encontraram. José era órfão de mãe, e seu pai sempre o enchia de coragem,para receber a vida com felicidade,mesmo diante de tantas dificuldades. O garoto abandonou tão cedo a infância para acompanhar o pai na singela banca de flores. Valentina saia pelas manhãs a observar os carros na rua e por vezes,comprar flores,conduzida pela mão da Sra. Laura,que cuidou da menina,enquanto os pais cuidavam dos negócios da família.
Na verdade,apenas uma coisa tinham em comum José e Valentina: os oito anos.
E tantas vezes,Valentina e Laura se conduziram a banca de flores onde estava José,mas pequeno, o balcão encobria seu corpo magro. E ela,pequena também,não podia ver por trás das flores,os grandes olhos de José.
Mas naquela manhã,uma curiosidade única e repentina fez ambos estarem nas pontas dos pés,e seus olhares atravessarem os olhos de outrem. Ver através dos olhos,enxergar a pureza do coração. E ele tocou a brancura das suas mãos,quando lhe estendeu os lírios amarelos,sentindo-se tocado também.
E desde esse marco,todas as manhas ele esperava ali,equilibrando-se nas pontas dos dedos descalços a partir das primeiras horas de sol. E ela vinha,desde o portão da casa,ensaiando os passos,sem tocar os calcanhares no chão,como se estivesse de salto alto. Laura não entendia,mas ria.
O pai de José que a tudo assistia,passava a mão sobre os cabelos curtos e pretos do filho e avisava:
__'' Filho,não te apaixones. Ela é rica...''
Mas José,argumentava sem medo do que poderia via acontecer:
__''Eu sei ,papai. Mas seu coração,não...''
E passaram-se muitas manhas,muitas flores,muitos olhares,até que um dia não foi mais necessário estar nas pontas dos dedos. Cresceram alguns centímetros bastantes para se olharem na proporção que seus corações estivessem na mesma altura,seus olhos,suas bocas. E ele achava incrível a forma como que sua boca parecia duas pétalas vermelhas,coradas pelo frio que fazia no inverno. Ainda sim, pouco sabiam um do outro. Os ponteiros do relógio foram andando lentamente,e muitas voltas deram. Muitas Luas passaram pelo céu e foram trocadas pelo Sol pela manhã. E aquele sentimento crescia em José,gradativamente,como um semente que germina e lança raízes no solo incerto,esperando que o solo retribua seus estímulos e nutra aquela semente com vida. E o pai de José viu que essa semente havia tomado uma grande dimensão,resistiu as chuvas e geadas e aos maus tratos ocasionados pelo tempo. E José era grande merecedor de vivenciar aquela alegria que tanto almejava,quando seu pai entregou ao filho um pequeno bilhete com dizeres simples, para colocar nas mãos de Valentina,na próxima vez que ela viesse a banca.
E ele entregou."

[E adivinha, continua amanhã!!! Vale a pena ver este desfecho.../]

5 comentários:

Anônimo disse...

Quero ver logo o final!

Dani disse...

vaai fikar legal,garanto!

Anônimo disse...

por causa do enem ontem nao entrei, mas ficou muito bom!

Dani disse...

Tbm fiiz enem! *-* Terminei o texto assim q cheguei ^^. A parte final vai ser postada amanha, a meia noite e um !

Anônimo disse...

Bom,como hoje é 14/11 posso ler a continuaçao.

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